quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Praticando o desapego às coisas...

Vai chegando natal, fim de ano e aquela sensação de generosidade, bondade... Época ideal para se praticar o desapego fazendo uma limpa no armário e jogando um tanto de coisa inútil fora, e doando àquelas que podem ser úteis para outras pessoas.

Eu confesso que sou ligeiramente obcecada com arrumação e que faço esse processo mais ou menos de 3 em 3 meses. Arrumo o armário, tiro poeira de tudo, analiso as roupas que não preciso mais, umas tranqueiras que fui acumulando sem perceber, organizo os papéis que já não estavam organizados e vejo o que pode ser jogado fora, promovo uma reorganização das prateleias, vejo os livros que tenho e que não faz sentido eu continuar a ter...

Depois disso, separo o que posso reciclar (papéis), o que posso doar (roupas e sapatos que não uso mais), o que eu tenho que devolver pros donos (sempre tem aquelas coisas que a gente pegou emprestado com alguém ou alguém esqueceu na nossa casa e que a gente guarda no armário e ficam lá) e o que pode simplesmente ir pra lixeira.

Eu tenho uma dificuldadezinha em me desapegar das minhas roupas. Não porque eu seja louca apaixonada por roupas, mas sim porque eu sou super cuidadosa e elas duram anos e anos. Aí, geralmente elas continuam usáveis, mas não acho bonitas mais, ou já usei demais, ou não combinam mais com a minha idade (roupas de bichinhos, saias muito curtas...) ou não servem mais; mas como estão ainda conservadas, eu sempre acho que um dia posso querer usar. Mas tenho vencido esse sentimento, o que acaba sendo bom para o meu armário (não fica abarrotado), para mim (fico feliz em doar) e para a pessoa que ganhou a roupa.

Minha mãe é completamente apegada. Ela guarda embrulhos de presente, caixas, embalagens de produtos que já acabaram, tudo que ela vê alguém jogando fora, parte das coisas que eu coloco pra doar, tudo quanto é tipo de cadernos, papéis e livros velhos... Ela guarda porque "um dia pode ser útil". Só que ela junta uma quantidade tal de coisas que quando chega a hora de a tal coisa ser útil, ela não consegue encontrar no meio das bagunças dela. E não consigo deixar de pensar que enquanto aquele tanto de coisa está sendo acumulada ali sem uso, juntando poeira e até estragando com o tempo (e a bagunça), muita gente poderia estar usando-as e aproveitando-as. Ou então podiam estar sendo recicladas. É uma situação em que todo mundo perde, não?

Um comentário:

  1. ah! desapego é bom, mas como custa!
    eu tenho um montão de coisas que SEI que não uso, mas e se!?... lá em casa a gente ainda pratica o 'quem guarda tem' =)

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