Votar é um negócio muito difícil porque (voltando inclusive ao post anterior) a gente nunca consegue conhecer direito os partidos e os políticos.
Para começar, de onde você tira as informações? A mídia é toda imparcial (e realmente não tem como não ser), os políticos dizem o que precisam dizer para serem eleitos e não o que acham ou que pretendem fazer de verdade, um fala mal do outro e como diabos você vai saber o que está falando a verdade?
É bom ter um pouco de memória, lembrar dos escândalos passados em que cada político se envolveu, saber as propostas que ele já apresentou e aquelas nas quais votou (o que não é muito fácil pois existe o voto secreto ainda por cima). Mas e aí? Vai que o cara sempre se posicionou de acordo com a sua ética e interesses como deputado, mas é entrar pra governador que tem que fazer coalisão, negociar com o demônio, pagar propinas e não sei mais o que.
Enfim... Eu, com minha opinião pouquíssima embasada, acho que o sistema eleitoral está todo errado. Também não tenho condições de sugerir mudanças. Também não acho que eu deva me alienar, não votar e falar que eu não tenho culpa de como as coisas estão por todos os motivos apontados acima.
Fico sinceramente perdida.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O que eu acho de achar alguma coisa
Eu confesso que tenho dificuldades em expressar opinião. Na verdade, eu sempre acho alguma coisa sobre algum assunto, mas como sei que não conheço a fundo tal assunto, acabo não falando nada.
Só que comecei a ver que isso não faz lá muito sentido. Primeiro porque eu acabo não dizendo o que penso, e dessa forma não recebo opiniões contrários e até mesmo complementares, que me ajudariam a evoluir a tal opinião.
Segundo ponto: se eu for esperar saber a fundo qualquer assunto, conhecer todas as variáveis envolvidas, ler todos os argumentos e poder formar minha opinião completamente embasada e infalível, eu nunca vou achar nada, porque é simplesmente impossível fazer isso tudo.
Claro que sempre tem alguns assuntos que entendemos mais. Eu posso falar com um pouquinho mais de embasamento de Gestão do Conhecimento (com que estudo e trabalho) do que de feminismo (que estou começando a estudar) e melhor de feminismo do que da situação dos palestinos e dos judeus (que eu não entendo nada e acho muito confuso). Mas mesmo lá da Gestão do Conhecimento, eu não conheço tudo, posso achar um monte de bobagens.
Eu acho legal saber um pouco mais do que se está falando, mas há limite, não é? E o que é fundamental mesmo é ter sempre em mente que o seu achismo ou opinião embasada que seja pode estar errada, ou incompleta, e estar sempre disposta para ouvir os outros, ponderar e ir assim evoluindo e podendo achar e opinar cada vez melhor.
Só que comecei a ver que isso não faz lá muito sentido. Primeiro porque eu acabo não dizendo o que penso, e dessa forma não recebo opiniões contrários e até mesmo complementares, que me ajudariam a evoluir a tal opinião.
Segundo ponto: se eu for esperar saber a fundo qualquer assunto, conhecer todas as variáveis envolvidas, ler todos os argumentos e poder formar minha opinião completamente embasada e infalível, eu nunca vou achar nada, porque é simplesmente impossível fazer isso tudo.
Claro que sempre tem alguns assuntos que entendemos mais. Eu posso falar com um pouquinho mais de embasamento de Gestão do Conhecimento (com que estudo e trabalho) do que de feminismo (que estou começando a estudar) e melhor de feminismo do que da situação dos palestinos e dos judeus (que eu não entendo nada e acho muito confuso). Mas mesmo lá da Gestão do Conhecimento, eu não conheço tudo, posso achar um monte de bobagens.
Eu acho legal saber um pouco mais do que se está falando, mas há limite, não é? E o que é fundamental mesmo é ter sempre em mente que o seu achismo ou opinião embasada que seja pode estar errada, ou incompleta, e estar sempre disposta para ouvir os outros, ponderar e ir assim evoluindo e podendo achar e opinar cada vez melhor.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A Capitalização da Corrida
Há alguns anos, para melhorar meu desempenho na capoeira, comecei a praticar corrida. Eu adoro correr. Acho o esporte mais democrático e acessível de todos. Você não precisa pagar um lugar, nem um professor. Pode ir sozinho ou acompanhado, a hora que quiser, onde quiser. Olha que liberdade... Qualquer um pode correr. É só colocar seu tênis (ou não... nem o tênis é pré-requisito) e ir pra rua correr. Simples, não?
Mas aí o negócio virou moda. E logo logo encontraram um jeito de ganhar dinheiro com corrida. Então, os ricos foram aderindo (até parece que eles iam fazer esporte de pobre). De repente, para correr "é preciso" ter um tênis de 500 reais, um monitor cardíaco de outros 500 reais (fundamental, dizem), frequentar cardiologista e nutricionista do esporte, participar de todas as corridas da Adidas, da Nike e de qualquer outra marca que resolva fazer corridas (e são muitas, viu? virou dinheiro fácil) por módicos 70 reais em média. Isso fora o ipod, o acessório para pregá-lo no braço, as garrafinhas de água, os shorts e as blusas de materiais carérrimos, os géis repositores de não sei o que.
Ah. E tem o personal runner. Quer coisa mais ridícula? Alguem pra te ensinar a correr? Como assim te ensinar a correr? A gente aprende isso lá com 2 anos de idade, não?
Bom... De repente, todo mundo da classe média (e um pouco acima) corre. E todo mundo entra fácil no esquema. Eu resisti, viu? Quase comprei o monitor cardíaco, mas cheguei à conclusão que eu consigo sentir se meu batimento está acelerado demais ou de menos. Meu coração está dentro de mim. Eu sinto ele batendo. Não preciso do aparelho para isto, certo?
Então continuo no meu esporte democrático e econômico.
Mas aí o negócio virou moda. E logo logo encontraram um jeito de ganhar dinheiro com corrida. Então, os ricos foram aderindo (até parece que eles iam fazer esporte de pobre). De repente, para correr "é preciso" ter um tênis de 500 reais, um monitor cardíaco de outros 500 reais (fundamental, dizem), frequentar cardiologista e nutricionista do esporte, participar de todas as corridas da Adidas, da Nike e de qualquer outra marca que resolva fazer corridas (e são muitas, viu? virou dinheiro fácil) por módicos 70 reais em média. Isso fora o ipod, o acessório para pregá-lo no braço, as garrafinhas de água, os shorts e as blusas de materiais carérrimos, os géis repositores de não sei o que.
Ah. E tem o personal runner. Quer coisa mais ridícula? Alguem pra te ensinar a correr? Como assim te ensinar a correr? A gente aprende isso lá com 2 anos de idade, não?
Bom... De repente, todo mundo da classe média (e um pouco acima) corre. E todo mundo entra fácil no esquema. Eu resisti, viu? Quase comprei o monitor cardíaco, mas cheguei à conclusão que eu consigo sentir se meu batimento está acelerado demais ou de menos. Meu coração está dentro de mim. Eu sinto ele batendo. Não preciso do aparelho para isto, certo?
Então continuo no meu esporte democrático e econômico.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Terror Psicológico
Ouvi um homem comentar: "Sabe... Eu gosto da minha namorada, mas ela está meio gordinha, ela tem hipotireoidismo, então não sinto desejo por ela. Por isso eu fico com outras." Eu escuto uma coisa dessas e penso: que terror que nós mulheres vivemos todos os dias, não?
Eu ando lendo bastante sobre o feminismo, e (ainda bem!) sempre vejo tocarem na questão da beleza e da mulher como enfeite, de como isso gasta tempo e dinheiro, mas nunca vi (não quer dizer que não exista) alguém falar sobre como nós somos afetadas emocionalmente e psicologicamente por essa palhaçada toda.
A gente vive com medo. Medo de engordar, medo de os outros repararem nas nossas celulites na praia ou no nosso pneuzinho no dia a dia, medo de envelhecer, medo de ter rugas, medo de ser comparada com outras mulheres. Medo!
Porque convenhamos. A mídia nos diz o tempo todo que devemos ser lindas. Os homens nos dizem o tempo todo que devemos ser lindas. A gente passa nossos dias correndo atrás de um ideal de beleza que, desculpa dizer, mas a gente NUNCA vai alcançar. Não adianta.
E a gente vive com esse fantasma da feiura/velhice/gordura nos perseguindo, nossa auto-estima é abalada, a gente fica insegura, neurada com calorias e com rugas, nos sentindo inferiores às mulheres "perfeitas" das revistas. Viramos pessoas ciumentas, inseguras e competitivas. Olhamos para as outras mulheres com desconfiança, são uma ameaça em potencial.
E enquanto isso os homens vão levando a vida, fazendo amizades e construindo camaradagem, se divertindo descontraidamente... Enquanto a gente se mata para vencer a competição pelo bem maior das mulheres (não, não é a beleza, a beleza é só um meio): os homens.
Sinceramente... Isso não faz o menor sentido. Mas tirar isso tudo do nosso inconsciente não é lá a coisa mais simples (e rápida) do mundo não. Mas eu estou tentando...
Eu ando lendo bastante sobre o feminismo, e (ainda bem!) sempre vejo tocarem na questão da beleza e da mulher como enfeite, de como isso gasta tempo e dinheiro, mas nunca vi (não quer dizer que não exista) alguém falar sobre como nós somos afetadas emocionalmente e psicologicamente por essa palhaçada toda.
A gente vive com medo. Medo de engordar, medo de os outros repararem nas nossas celulites na praia ou no nosso pneuzinho no dia a dia, medo de envelhecer, medo de ter rugas, medo de ser comparada com outras mulheres. Medo!
Porque convenhamos. A mídia nos diz o tempo todo que devemos ser lindas. Os homens nos dizem o tempo todo que devemos ser lindas. A gente passa nossos dias correndo atrás de um ideal de beleza que, desculpa dizer, mas a gente NUNCA vai alcançar. Não adianta.
E a gente vive com esse fantasma da feiura/velhice/gordura nos perseguindo, nossa auto-estima é abalada, a gente fica insegura, neurada com calorias e com rugas, nos sentindo inferiores às mulheres "perfeitas" das revistas. Viramos pessoas ciumentas, inseguras e competitivas. Olhamos para as outras mulheres com desconfiança, são uma ameaça em potencial.
E enquanto isso os homens vão levando a vida, fazendo amizades e construindo camaradagem, se divertindo descontraidamente... Enquanto a gente se mata para vencer a competição pelo bem maior das mulheres (não, não é a beleza, a beleza é só um meio): os homens.
Sinceramente... Isso não faz o menor sentido. Mas tirar isso tudo do nosso inconsciente não é lá a coisa mais simples (e rápida) do mundo não. Mas eu estou tentando...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Malhação e Contradição
Acabei de passar por três academias de ginástica pra ver se alguma me apetecia, mas não dá. O ambiente me desagrada. Além de eu achar a coisa toda sem sentido.
Eu não entendo a lógica disso. Nós criamos máquinas para não termos que cansar com as tarefas do dia-a-dia. Em vez de lavarmos roupas no tanque e ficarmos com o tríceps torneadíssimos e irmos andando para os lugares deixando nossas pernas fortes e musculosas, colocamos a tecnologia para fazer tudo isso pra gente enquanto sentamos nos nossos sofás assistindo televisão e nos entupindo de guloseimas nada saudáveis.
Aí, para corrigirmos o problema, criamos mais máquinas com a exclusiva finalidade de gastar a energia que poupamos. Vamos para um lugar onde todos levantam pesos, correm e andam em bicicletas que não saem do lugar. Andar de bicicleta poderia ser uma boa solução para o problema do transporte público nas grandes cidades. Imagina: as pessoas iriam para o trabalho, depois voltariam para casa, tudo de bicicleta. Poluição zero e de brinde um belo par de pernas e glúteos – nome chique para bumbum – duríssimos. Seria fantástico, não? Mas voltemos a realidade.
Depois de gastarmos todo o nosso suado dinheiro para suar nas academias, pagamos carérrimo por produtos dietéticos intragáveis. Podíamos muito bem poupar tanto tempo e dinheiro simplesmente deixando todas as máquinas de lado. Se bem que prefiro fazer ginástica do que arrumar cama (por que não inventaram máquina para isso ainda?).
Eu não entendo a lógica disso. Nós criamos máquinas para não termos que cansar com as tarefas do dia-a-dia. Em vez de lavarmos roupas no tanque e ficarmos com o tríceps torneadíssimos e irmos andando para os lugares deixando nossas pernas fortes e musculosas, colocamos a tecnologia para fazer tudo isso pra gente enquanto sentamos nos nossos sofás assistindo televisão e nos entupindo de guloseimas nada saudáveis.
Aí, para corrigirmos o problema, criamos mais máquinas com a exclusiva finalidade de gastar a energia que poupamos. Vamos para um lugar onde todos levantam pesos, correm e andam em bicicletas que não saem do lugar. Andar de bicicleta poderia ser uma boa solução para o problema do transporte público nas grandes cidades. Imagina: as pessoas iriam para o trabalho, depois voltariam para casa, tudo de bicicleta. Poluição zero e de brinde um belo par de pernas e glúteos – nome chique para bumbum – duríssimos. Seria fantástico, não? Mas voltemos a realidade.
Depois de gastarmos todo o nosso suado dinheiro para suar nas academias, pagamos carérrimo por produtos dietéticos intragáveis. Podíamos muito bem poupar tanto tempo e dinheiro simplesmente deixando todas as máquinas de lado. Se bem que prefiro fazer ginástica do que arrumar cama (por que não inventaram máquina para isso ainda?).
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
As Roupas e o Corpo
Não, não vou falar de moda. Já teve até uma época que eu me interessei pelo assunto, mas já passou.
Eu gosto de roupas. Gosto de me vestir bem, de ter peças para escolher e de comprar uma roupa nova uma vez ou outra (mas pouco, não sou lá muito consumista). Não vejo o menor problema nisso. O que eu acho problemático é quando a roupa começa a nos limitar.
Eu morro de pena dos homens que trabalham de terno em dias de calor como esses de agora. Mesmo que eles trabalhem em lugar com ar condicionado, uma hora eles têm que sair da sala, nem que seja para ir embora. E pegar ônibus ou carro sem ar condicionado neste calor não deve ser das coisas mais agradáveis...
Já nós mulheres temos o privilégio de usar salto. Uma coisa assim suuuper confortável. Eu até sou acostumada, mas trabalho sentadinha, quase não me ando pela empresa. Aí fica tranquilo. Agora... Vou eu precisar ir ali no banco na hora do almoço... No calor... E de salto... Volto suada e com pés doendo. Uma delícia.
E sutiã! Eita coisa desconfortável que arrumaram para a gente. Por que foram erotizar os seios femininos? Por quê? POR QUÊ? Os homens também sentem prazer no mamilo, não? E nem por isso o mamilo deles é erotizado. Eu sinto muito prazer no pescoço e graças aos céus ninguém teve a idéia de ser de bom tom esconder os pescoços femininos (imagina o calor).
Agora os ombros... Os ombros são sexuais? Jura? Outro dia uma menina aqui da empresa estava falando que acha que "pega mal" usar roupas com ombro de fora na empresa. OMBROS! Ai ai... Vai entender. Eu lá, com muita blusa sem manga, nem aí. Eu odeio blusa com manga curta. Ou é manga cumprida (que o calor impede) ou sem manga. A manga pertinho da axila me incomoda muito, irrita meu braço, chega a deixar marca. E no calor? (ah... o calor...) Zero conforto.
Eu sou um pouco rebelde com esse negócio de roupa. Lembro que quando fazia capoeira, eu era uma das poucas meninas que já saíam de casa com o uniforme. Como ele é feio, as meninas iam quase todas arrumadinhas e trocavam de roupa chegando na academia. Umas falavam que era estranho sair na rua com a roupa de capoeira, que as pessoas olhavam... Anh? Jura? Ninguém me olhava mais por eu estar com roupa de capoeira, aliás até olhavam menos porque ela não é lá muito sexy (nosso uniforme era blusa larga branca e uma calça branca igualmente larguinha).
Mas, olhando historicamente, fico até esperançosa. As roupas já foram bem mais desconfortáveis e limitadoras. Está certo que eu não posso sair com a roupa do trabalho e ir praticar corrida, e que algumas roupas que eu tenho são incômodas e calorentas, mas é só ver filmes de época e ver os vestidos que as mulheres européias usavam (não só a realeza, as camponesas também) que eu fico até feliz. Vislumbro um futuro de mais conforto.
Pensando bem... Por que a gente não continuou como os índios brasileiros, hein? Bem mais prático (e condizente com nosso clima) andar pelado.
Eu gosto de roupas. Gosto de me vestir bem, de ter peças para escolher e de comprar uma roupa nova uma vez ou outra (mas pouco, não sou lá muito consumista). Não vejo o menor problema nisso. O que eu acho problemático é quando a roupa começa a nos limitar.
Eu morro de pena dos homens que trabalham de terno em dias de calor como esses de agora. Mesmo que eles trabalhem em lugar com ar condicionado, uma hora eles têm que sair da sala, nem que seja para ir embora. E pegar ônibus ou carro sem ar condicionado neste calor não deve ser das coisas mais agradáveis...
Já nós mulheres temos o privilégio de usar salto. Uma coisa assim suuuper confortável. Eu até sou acostumada, mas trabalho sentadinha, quase não me ando pela empresa. Aí fica tranquilo. Agora... Vou eu precisar ir ali no banco na hora do almoço... No calor... E de salto... Volto suada e com pés doendo. Uma delícia.
E sutiã! Eita coisa desconfortável que arrumaram para a gente. Por que foram erotizar os seios femininos? Por quê? POR QUÊ? Os homens também sentem prazer no mamilo, não? E nem por isso o mamilo deles é erotizado. Eu sinto muito prazer no pescoço e graças aos céus ninguém teve a idéia de ser de bom tom esconder os pescoços femininos (imagina o calor).
Agora os ombros... Os ombros são sexuais? Jura? Outro dia uma menina aqui da empresa estava falando que acha que "pega mal" usar roupas com ombro de fora na empresa. OMBROS! Ai ai... Vai entender. Eu lá, com muita blusa sem manga, nem aí. Eu odeio blusa com manga curta. Ou é manga cumprida (que o calor impede) ou sem manga. A manga pertinho da axila me incomoda muito, irrita meu braço, chega a deixar marca. E no calor? (ah... o calor...) Zero conforto.
Eu sou um pouco rebelde com esse negócio de roupa. Lembro que quando fazia capoeira, eu era uma das poucas meninas que já saíam de casa com o uniforme. Como ele é feio, as meninas iam quase todas arrumadinhas e trocavam de roupa chegando na academia. Umas falavam que era estranho sair na rua com a roupa de capoeira, que as pessoas olhavam... Anh? Jura? Ninguém me olhava mais por eu estar com roupa de capoeira, aliás até olhavam menos porque ela não é lá muito sexy (nosso uniforme era blusa larga branca e uma calça branca igualmente larguinha).
Mas, olhando historicamente, fico até esperançosa. As roupas já foram bem mais desconfortáveis e limitadoras. Está certo que eu não posso sair com a roupa do trabalho e ir praticar corrida, e que algumas roupas que eu tenho são incômodas e calorentas, mas é só ver filmes de época e ver os vestidos que as mulheres européias usavam (não só a realeza, as camponesas também) que eu fico até feliz. Vislumbro um futuro de mais conforto.
Pensando bem... Por que a gente não continuou como os índios brasileiros, hein? Bem mais prático (e condizente com nosso clima) andar pelado.
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